Bar Striber

Melissa dá risada e fala.

- Fica frio cara, aqui não tem perigo, todo mundo é presunto. O Matheus tá ocupado agora, se você quiser esperar tudo bem, mas se for algo que eu possa resolver pode falar.

Yohan olha ao redor de forma mais analítica e finalmente atraca. Onde estava com a cabeça em não perceber algo bem abaixo do nariz.

_Onde estava com a cabeça rsrs.

_Se não for pedir muito, seria legal conhecer todos. Talvez deva conhecer algum destes pela característica, mas ao vivo é sempre melhor.

Talvez assim desse tempo de Matheus concluir sua conversa e ao mesmo tempo conheceria membros novos.

Melissa deixa Yohan livre para conhecer quem ele quisesse, não era do feitio dela introduzir as pessoas e ele era muito grandinho p'ra essas coisas. Na área de cima só existe uma meia dúzia de vampiros com cara de Brujah e Gangrel, em sua maioria. Nenhum notável além de um garoto com aparência de uns vinte e poucos e roupas na moda (moda de outras cidades).

Enquanto Yohan via as pessoas um barulho de moto entra pela janela.

Nick chega ao Bar Striber junto de Tavs, então entra directo e pede para o homem o seguir. Chegando na área superior ele fala.

- Tavs, conheça seus semelhantes! E vocês, ninguém se mete com meu amigo aqui ou vai se ver comigo! Hahaha

Tavs adentrava e observava o ambiente, seu olhar era de desconfiança o tempo todo, e ele ficava naturalmente retraído e semi-corcunda quase como um bicho, nunca havia visto tantas pessoas assim na vida, muito menos estado com tantos bebedores de sangue como ele chamava.

De certo ele era o vampiro mais mal arrumado dali, ele cheirava a terra de onde morava, suas roupas estavam sujas apesar de nem tanto desgastadas, seu cabelo era um emaranhado e a barba despenteada, ainda assim ele era um homem que com um pouco de senso podia ser "salvo", e o físico era nitidamente invejável.

Com as palavras de Nick Tavs sorria, mas se limitou a isso tão logo voltando a seu estado anterior.

Yohan sorriu com o jeito da brujah, ela conseguiu ser tão desagradável quanto ele e isso atrai aquele pobre rato solitário.

Ensaiou dizer alguma palavra em sua mente aos que ali estavam, mas logo nota o garoto (Pelo menos na aparência) berrar anunciando alguém, se tornando o centro das atenções. Ufa, estava a salvo, não queria falar com estes brujah sujos mesmo...

Pensou enquanto ainda se recuperava do susto retraindo levemente o pescoço: "Meu deus, já chamaram a dedetização e eu mal cheguei!"

Após se recuperar do susto, notou algo interessante nos freqüentadores dali: "Como estes caras sabiam se divertir..."

Observa embaraçado aquela cena.

Imaginou o garoto entrando pela janela com aquela moto, com certeza seria um efeito bem melhor, ou se ele entrasse com uma melancia na cabeça.

Após isso, de forma contemplativa e voraz, começa a ver as falhas do local: onde aquela janela daria da rua e quanto alvos atingiria com um sniper; se algumas granadas seria suficiente para jogar abaixo aquela velha estrutura ou se um tiro de bazooka seria mais eficaz...

O quanto estes senhores estariam seguros se um mal maior chegasse aquele lugar?

Evita pensar na monstruosidade interior, tinha que pensar em algo feliz, como; uma velha banguela cagando, ou o "Chuck" estuprando a "Peppa Pig"...

Nossa cara, isso foi nojento. Sai dessa Yohan!

Matheus sai de sua sala com Lucchesi enquanto a confusão está começando.

- Hey hey hey, o que é isso agora? Quem baixou a lona?

Ele vê os rostos novos na área, aquele garoto hacktivista, o mendigo fortão, o homem sujo...

- Escuta aqui, pode não parecer mas essa porra é um bar, tem HUMANOS bebendo e comendo lá em baixo, vocês não sabem ser discretos? Todo mundo que é novo eu quero na minha sala agora, porra.

Tavs ficava levemente perdido tentando saber que lona ele falava, ficava olhando pros lados procurando a lona, não sabia exatamente o que aquilo queria dizer, Tavs ficava olhando com uma cara lavada pro homem como se não fosse com ele, aliás ele nem achava que era, não via nada de errado consigo mesmo.

No entanto Tavs, entrou na sala, pelo fato de estar seguindo Nick e não pelo vovozinho estar chamando.

Yohan ouve o apelo, ou melhor, a ordem do velho ranzinza e não pensa duas vezes em fazer o que ele ordenou.

"Droga Yohan, você se mete em cada furada. Estes caras só podem estar drogados, só pode. Eles tomaram sangue estragado?"-Pensava-

Ao sair da sala de Matheus, Paolo vai até uma mesa e senta solitário, puxa um cigarro e o acende com um acendedor elétrico, puxa um pequeno caderno e verifica sua agenda tranquilamente.

Paolo levanta e vai até perto de Melissa (não tão perto) e com tom educado chama:

-Eii, senhorita Melissa, o que diabos aconteceu aqui? Porque desse alvoroço todo?

Melissa responde rindo sem olhar directamente p'ra Paolo.

- Aconteceu que a bruxa tá solta hoje, não passa uma hora nesse bar sem entrar um maluco diferente. Hahaha

Então ela olha p'ra ele e continua.

- Olha, quem diria quando eu te vi entrar aqui que você seria o menos maluco, me sinto até mal de ter te tratado daquele jeito. HAhahah

Voltando para o bar Nick explica p'ra Tavs.

- Não, não, quando aparecer um homem mau você quer que quebrar no meio mesmo, eu te ajudo até, ele só estava bravo por outras razões aí, não se preocupa não amigão.

Então Nick consegue relaxar um pouco.

- Fuuu... Vamos ficar um pouco por aqui e depois eu te levo p'ra minha casa, agora acho que vou ter que te adoptar, não tem mais jeito. Tenta não sair de perto de mim e não bater em ninguém sem me perguntar antes, ok? Melissa, hey Melissa! Vem cá!

Paolo sorri.

-Não há problema, senhorita. Olha, acho que alguém está lhe chamando.

Melissa é interrompida enquanto conversava com Lucchesi e vai ver o que o Nick queria.

- Que foi, porra? Se você acha que eu vou limpar sua barra com o Matheus vai se foder.

Então ela olha p'ra Tavs e diz.


- Hmm, agora olhando de perto esse cara nem é tão ruim. Hahaha

Nick olha p'ra Melissa e começa a falar mais baixo.

- O negócio é sério Melissa, eu preciso dar um jeito nesse cara p'ra ele não chamar tanta atenção, as únicas mulheres que eu conheço direito aqui são você e a Riley, e a Riley... Acho que ela não saberia me ajudar com isso, até porque ela tem aquele negócio de namorado e tal, nunca entendi.

Melissa levanta uma sobrancelha.

- Hmm... E o que te faz pensar que eu, justo eu, poderia te ajudar com uma merda dessas? Porque você não pergunta p'ra aquela sua amiguinha nova? Aquela que você pagou p'ra fingir que era sua namorada. Hauahuhau

Nick fica com raiva e grita com Melissa.

- Vai se foder!

Nesse momento finalmente chega Riley, que veio andando da rádio até o bar (e provavelmente espancou algum humano que tentou assaltá-la no caminho).

- Riley! Riley, espera aê, deixa eu te perguntar uma coisa!

Riley entra no bar e é abordada por Nick. Depois dele explicar a mesma coisa que disse p'ra Melissa ela responde.

- Vai se foder, tenho cara de estilista? Pede p'ra sua namoradinha, caralho!

E continua rumo à uma cadeira vaga.

Nick fica com mais raiva ainda.

- Vai se foder você também!

Então ele se vira pro bar inteiro.

- Vão se foder todos vocês, e as mães de vocês, e suas avós até a porra do ante de vocês, cambada de gente escrota! Vem Tavs, vem pro cavalo.

E sai para a sua moto.

(01:50)

O fato de Nick chamar tanto atenção gritando as pessoas deixava Tavs desconfortável que se encolhia cada vez que ele fazia aquilo.

A primeira seria Melissa, Tavs desconhecia aquela mulher, mas o fato dela o elogiar o faria corar se ainda pudesse, naquele momento o gigante se abaixou próximo a Nick e sussurrou tentando manter aquilo em segredo, mas sua voz era tão alta que provavelmente o bar inteiro de vampiros escutaria. – Moça gosta de Tavs, Tavs gosta de moça, moça esquentada. – Ele ficava sorrindo bobo, de maneira besta tapando o sorriso com as mãos.

As negociações com Melissa não eram boas pro lado de Nick, Tavs ficava olhando aqueles dois um tanto perdido, quando Nick se distanciou atrás de Riley, o vampiro permaneceu mais alguns segundos, reganhando sua compostura, e se dirigindo a Melissa.

- Tavs precisa de falar direito, banho... Vovozinho não gostar de Tavs por isso... Mas Tavs nascer ter cinco dias, da terra... – após falar aquilo com Melissa ele se lembra que não deveria falar com ninguém mais a não ser Nick, e saia de perto dela. – Desculpa, Tavs não devia ter dito essas coisas. – Ele saia meio preocupado e chegava próximo a Riley e Nick, somente ao ponto de observar o “vai se foder”.

Tavs coçava a cabeça e olhava Riley indo embora e em seguinte Nick – Mulheres aqui brava, mandar você se foder tempo todo, o que ser se foder? – Olhava pra Nick com curiosidade em seguida o seguindo pro cavalo de ferro.

Paolo se levanta tranquilamente em direção de melissa:

-Não sei se já lhe dei meu cartão, mas bem, pegue caso queira, senhorita. A propósito, caso esse homem que estava com o jovem motoqueiro cause muito problemas, peça para Nick me ligar, eu posso tentar ajudar de alguma maneira.

Paolo faz um sinal de adeus para Melissa com a cabeça junto de um sorriso amigável.

Ele passa pela outra moça esquentada que havia acabado de entrar no bar e a cumprimenta sem parar com mais um gesto de cabeça junto de um sorriso.

-Boa noite, senhorita.

E continua em direção à porta.

De dentro da sala, digita o mais rápido que a ocasião lhe permitia. Mandava uma mensagem para o "Skinhead à bolonhesa"(Lucchesi)

"Estou dentro da sala de Matheus, você acabou de passar por mim. Se já esta aqui, significa que a situação já foi passada adiante.

Pois bem, vou dar uma enrolada aqui e sair fora, o Barão está muito bravo já, e acho que foi você quem deixou ele assim. rsrs

Me aguarde um instante que já estou saindo fora." -Desliga o telefone e guarda o mesmo em seguida, se posicionando em um canto onde não fosse o primeiro a ser visto, mas sem chamar atenção a ponto de parecer que estava devendo alguma coisa.

Lucchesi recebe a mensagem à frente do bar, junto de seus dois homens, já estava a esperar Thomas.

Melissa guarda o cartão de Lucchesi e se despede, logo depois Riley olha para o homem com cara de mafioso e continua andando.

O bar estava agitado demais naquela noite, e isso era um mau presságio. Em uma cidade onde o status quo representa a segurança e estabilidade, mudanças muito bruscas só podem gerar confusão e perigo.